Relato #kmbr10 GC&I na Cadeia Produtiva do Petróleo, Gás e Energia

Por Fernando Fukunaga*

As Micros, Pequenas e Médias Empresas desempenham um papel fundamental para o desenvolvimento do país, reconhecido em foro estratégico pela SBGC. No KM Brasil 2010, SEBRAE e SBGC uniram forças, desta vez para organizar um painel específico para MPMEs,  o painel especial: Gestão do Conhecimento e Inovação na Cadeia Produtiva do Petróleo, Gás e Energia.

Participaram do Painel Pedro Penido da assessoria da Presidência da Petrobrás, Camila Pires Gerente de Gestão do Conhecimento da MPX Energia, Eliane Lobato do SEBRAE, Fernando Jefferson Diretor de MPMEs da SBGC, Marcelo Lopes Diretor Superintendente do SEBRAE/RS, a moderação do painel ficou por conta Magaly Tânia Albuquerque do SEBRAE e apresentação de 3 casos de GC em micros e pequenas empresas do  segmento energia: Ana Maria Mendonça da Tecnogás, André Souza da Ativa Tecnologia e Luciano Weber da Device.

Pedro Penido assessor da Presidência da Petrobras abriu o Painel apresentando o Programa Rede de Melhoria da Gestão para o Desenvolvimento  da Cadeia Nacional de Fornecedores de Bens e Serviços da Petrobrás e destacando a  importância da Gestão do Conhecimento e da Inovação para as empresas que fazem parte da cadeia produtiva.

Segundo Penido, existe uma necessidade de atender as tendências de competitividade das empresas que compõe a cadeia produtiva de gás, petróleo e energia, existe ainda a preocupação estrangeiros no mercado brasileiro. Estes novos entrantes chegam com capacidade tecnológica, poder de investimento e contratam profissionais qualificados aqui no Brasil o que pode ser um problema se as empresas não conseguirem competir. Neste caso a competitividade depende de 4 variáveis: Qualificação de Mão de Obra, Estrangulamentos Tecnológicos e Estruturais, Financiabilidade e Melhoria da Gestão.

Penido ressaltou a posição privilegiada do Brasil destacando-se na Geopolítica do petróleo com, grandes reservas, alta tecnologia em petróleo, base industrial diversificada, grande mercado consumidor, estabilidade institucional e jurídica. Destacou o alto potencial e as oportunidades  do pré sal e  o plano de negócio 2010 – 2014 com  investimento de US$224 bilhões.

Em relação a sustentabilidade econômica, social e ambiental o programa visa:

  • Aproveitamento socioinclusivo de demandas derivadas da implantação de grandes projetos;
  • Redução de desigualdades regionais e sociais e geração de empregos
  • Gerenciamento das externalidades ambientais e sociais;
  • Sinergia de entes governamentais  e da sociedade para governança dos territórios nos níveis federal, estadual / regional, municipal;
  • Desenvolvimento e difusão de inovações.

Prof. Dr. Heitor José Pereira ex-presidente da SBGC e atual assessor de projetos especiais comentou que, mapear o conhecimento das entidades que compõem a rede e mapear a competências das pessoas chave, mapear quem sabe o que na cadeia produtiva do petróleo, gás e energia, uma premissa  para compor a visão para conhecimento é a importância de criar uma metodologia de Gestão do Conhecimento para que cada projeto já traga práticas de compartilhamento das novas experiências em todo a rede.

A segunda palestra foi a da Gerente de Gestão do Conhecimento da MPX Energia, Camila Pires.

Camila iniciou o caso com a abordagem que a MPX criou para iniciar a implementação da Gestão do Conhecimento:

  • Entendimento do contexto dos negócios e percepção da cultura organizacional;
  • Mapeamento das pessoas chave dos formadores de opinião;
  • Abordagem informal dos gestores para diagnósticos;
  • Compreensão do grau de maturidade da empresa para a Gestão do Conhecimento;
  • Visão de longo prazo e estratégia de curto prazo;
  • Identificação de quick wins (A ideia é que grandes projetos, que envolvem muita gente e muitas áreas, precisam de vitórias rápidas para dar a sensação de que a coisa está andando. Serve também para motivar a equipe e para passar sinais para quem está de fora);
  • Defesa da estratégia para a alta administração
  • Planejamento, foco, ouvidos abertos e paixão.

 

Enfatizou que  Eike Batista presidente da empresa tem uma visão 360º um olhar para todos os capitais do conhecimento tangíveis e intangíveis, a baixo figura retirada da apresentação de Camila, que demonstra esta visão.

 

Figura retirada da apresentação de Camila Pires Gerente de GC da MPX Energia

As estratégias de GC de curto prazo definidas pela MPX, objetivam a implantação de: 1) um portal do conhecimento; 2) realização de campanha propícia à colaboração; 3) criação de projeto de memória para garantir o registro dos projetos e fatos marcantes da empresa.

E ainda a implantação de ambientes de colaboração para cada projeto com agendas compartilhadas, blogs e outras ferramentas de comunicação colaborativas, um banco de lições aprendidas e monitoração do andamento dos negócios.

Camila ressaltou alguns fatores críticos de sucesso para a implantação do portal. Dentre eles destacam a criação do comitê multiplicadores de informação, estratégia de gestão de mudança, palestras sobre Gestão do Conhecimento por toda a empresa, campanha de comunicação de impacto e implantação ágil. Essa fase, do diagnóstico ao lançamento, demandou 6 meses. As principais etapas do projeto de memória são mapeamento e organização do conteúdo, produção e edição dos conteúdos, disponibilização dos conteúdos e divulgação.

Este caso demonstrou que a Gestão do Conhecimento não necessita ser complexa. Com idéias e estratégias simples e de baixo custo, consegue-se atingir os resultados esperados promovendo um ambiente colaborativo de acordo com as necessidades de cada organização.

O terceiro palestrante da tarde foi Fernando Jefferson Diretor do Comitê de Micros, Pequenas e Médias Empresas da SBGC, onde discorreu sobre a importância da Gestão do Conhecimento e da Inovação e a importância da capacitação e da melhoria da gestão das  MPMEs para a cadeia produtiva do petróleo, gás e Energia.

Jefferson lembrou de uma noticia, do caderno de economia do jornal O Globo que boa parte  do investimento citado por Pedro Penido da Petrobrás de R$224 bilhões de dólares, será aplicado na melhoria das MPMEs que contemplam os 4 níveis da cadeia produtiva. Abaixo a figura  representativa da cadeia produtiva  retirada da apresentação de Jefferson.

 

Para atuar neste mercado competitivo as empresas precisam melhorar a gestão do processo de negócio:

  • Técnico
  • Econômico
  • Legal
  • SMS – Meio Ambiente, Saúde e Segurança
  • Gerencial

 

E destaca a Rede Melhoria de Gestão Cadeia Nacional de Fornecedores de Bens e Serviços, criada pela Petrobrás com o auxilio do BNDES, FNQ, MBC, SEBRAE e outras entidades dentre elas a SBGC, para apoiar a indústria nacional em especial MPMEs.

Fernando Jefferson apontou a importância do conhecimento para a inovação na MPMEs, e da preocupação em preservar o conhecimento nas empresas da cadeia produtiva, pois este capital intelectual está na cabeça das pessoas e ainda existe resistência para registrar informações em sistemas compartilhados e uma cultura empresarial não propensa a comunicação e aos registros de informações.

E entende que uma boa solução, é uma cultura orientada para o conhecimento e o uso de técnicas de gestão de projetos, para contribuir com ganhos expressivos de competitividade nas MPMEs.

Eliane Lobado do SEBRAE iniciou a segunda parte do painel, explicitando o convenio entre SEBRAE e Petrobrás, o Programa da Cadeia Produtiva do Petróleo, Gás e Energia, o objetivo do convenio é  “Promover a Inserção competitiva e sustentável de Micro e Pequenas Empresas, fornecedoras efetivas e potenciais, na cadeia produtiva do petróleo, gás e energia”.

Os projetos do convenio trabalham para o desenvolvimento do Arranjo Produtivo Local (APL) de Petróleo e Gás (P&G), dando ênfase no encadeamento produtivo, com o propósito de criar um ambiente favorável para a sustentabilidade do processo de inserção de MPE na cadeia produtiva mobilizando atores locais.

Abaixo figura retirada da apresentação de Eliane, onde são listados alguns dos requisitos para empresas se cadastrarem para fornecerem bens e serviços para Petrobrás.

No primeiro convênio (2005 – 2007) beneficiou 6.032 empresas, 2005 com 8 rodadas de negócios, 2006  com 10 rodadas de negócios e 2007 com 15 rodadas de negocios. Neste segundo convenio estima aplicação de R$32 milhões  em 15 estados, priorizando temas tais como: Diagnóstico e mapeamento de oportunidades, formação e consolidação das Redes Petro, capacitação e qualificação, inovação e desenvolvimento tecnológico. Já o foco estratégico: inteligência competitiva; cultura de cooperação; desenvolvimento de fornecedores e inovação; acesso ao mercado.

Bem, os resultados somam 19 projetos aprovados distribuídos em 14 unidades federais, entre 2008 a 2010 e  realizou-se 32 rodadas de negócio com movimentação de R$1,2 bilhão.

O Diretor Superintendente do SEBRAE RS Marcelo Lopes prestigiou o painel com sua presença destacando  importância do SEBRAE para a capacitação das micros e pequenas empresas (MPEs) gaúchas que compõem a cadeia produtiva do petróleo, gás e energia.

O painel chegou ao fim  com a apresentação de três casos de MPEs integrantes das Redes Petro: Tecnogás apresentado por sua diretora Ana Maria Mendonça, André Souza diretor da  Ativa Tecnologia e Luciano Weber diretor da Device.

Em resumo o painel demonstrou para todos que a Gestão do Conhecimento pode e deve ser aplicada em MPMEs, não há necessidade de ser complexa, com estratégias simples e bem objetivas de Gestão do Conhecimento, a colaboração torna-se uma ferramenta poderosa para a gestão e a criação do conhecimento, o que gera inovação no mercado e aumento da competitividade.

E em especifico para as MPEs que são fornecedores ou almejam participar  da  cadeia produtiva de petróleo, gás e energia, o painel demonstrou que  existem grandes oportunidades já a partir de 2011, não apenas para novos negócios ou para sua continuidade mas também capacitação, maximização do capital intelectual, competitividade e seu crescimento.

 

*Fernando Fukunaga é associado da SBGC , atualmente é assessor da Diretoria Executiva, de forma voluntária é integrante do  Comitê Nacional de Marketing, do Comitê Nacional de Educação, do Comitê de MPMEs, é Diretor de Marketing da regional São Paulo da SBGC UFs e é Líder do Programa SBGC Jovem.

Relato #kmbr10 Inovação com Design Thinking

Por Ângela Guimarães


Nome do Moderador: Ecatherina Brasileiro (PUC-RJ)

Nome do Painelista 1: Martha Terenzzo (ESPM)

Nome do Painelista 2: Leila Queiroz (PUC-RJ)

 

Martha Terenzzo (ESPM)

Resumo:

Segundo Martha, inovação é mudança: significa criar algo novo a partir da realidade. O Design Thinking é um processo de gestão da inovação que coloca o ser humano como centro da inovação e que começa com a observação do comportamento das pessoas.

O Design Thinking é a reinvenção do processo de  inovação. Configura a mudança de um modelo velho (foco em produto, produção, controle….) para um modelo novo (foco em serviço, experimentação, velocidade, inovação percebida pelas pessoas, cocriação, redes).

A inovação precisa criar valor real e sustentável. Nesse sentido, o DESIGN THINKING deve ser visto como um processo estratégico de reinvenção contínua do próprio negócio e da criação de novos produtos. Um processo para resolver problemas com soluções inovadoras e sustentáveis para a economia.

O Design Thinking é um processo rápido e simples, que pode ser realizado por qualquer empresa, que tem como  garantia a entrega do produto.

O Design Thinking tem como focos:  desejabilidade, mobilidade e praticidade.

No  Design Thinking o processo de inovação é coletivo: todos são responsáveis.  O Design Thinking promove a reflexão e a colaboração aberta (todos participam com idéias, com a utilização de redes sociais.). A co-criação melhora o ambiente organizacional e acrescenta valor para a empresa, mas exige uma mudança comportamental que deve ser viabilizada através da educação. O  Design Thinking também promove a volta do humanismo: foco nas questões sociais gerando resultado.

Martha terminou sua apresentação com uma frase que, segundo ela, sintetiza o objetivo do Design Thinking: “A verdadeira viagem da descoberta consiste não em procurar novas paisagens, mas em olhar antigas paisagens com um novo olhar”.

Leila Queiroz (PUC-RJ)

Resumo:

O Design Thinking no Cenário das Organizações e o Paradigma da Sustentabilidade

A partir da análise do quadro “As Meninas” de Velásquez, a professora Leila faz uma reflexão sobre o que realmente vemos nesta pintura “por que só vemos este reverso, não sabemos quem somos nem o que fazemos – somos vistos ou vemos?”. Nós só vemos aquilo que nos interessa. A estabilização na zona de conforto  nos impede de ver outras coisas. O Design Thinking tem que olhar para o que não está evidente na cena e promover um deslocamento do cenário convencional. Um olhar diferenciado. O pensamento formal não cria alicerce para a cultura da inovação.

Vivemos na sociedade do risco: as ameaças do presente e as ameaças projetadas no futuro. Os riscos são essenciais para o processo de inovação. O risco da geração Y é um problema para as organizações que não estão adaptadas para enfrentar esta realidade.

Outras reflexões apresentadas pela professora, ao longo da sua palestra:

No Design Thinking a grande questão não é a solução, mas como formular o problema, contextualizar o problema e subjetivar o problema.

O Design Thinking não está preocupado apenas com a ponta final do processo, mas com toda a cadeia da inovação.

O  Design Thinking é o processo de adaptação do ambiente artificial às necessidade criadas.

O Design Thinking é capaz de desconstruir sistemas lineares introduzindo sistemas inovadores complexos.

 

*Ângela Guimarães é Diretora Regional SBGC MG.

 

Relato #kmbr10 GC em Políticas Públicas e Sustentabilidade

Por Luiz Fernando Rocha Pombo*

Nome do Moderador: IVAN PINHEIRO

Nome do Painelista 1: ELVISON NUNES RAMOS (Ministério da Agricultura)

Resumo: O painelista iniciou discursando sobre a importância de conhecer as demandas do público e focar as ações do Ministério da Agricultura nelas. Falou sobre a grande dificuldade do Ministério em informar à população sobre suas ações. Muitos ainda pensam que o Ministério fomenta o desmatamento.

A ações do Ministério são para fomentar a produtividade orientada para tecnologia, buscando garantir o aumento da produtividade assegurando o bem estar animal, ambiental e a sustentabilidade. O exemplo citado para ilustrar essa preocupação foi o Programa de Recuperação de Pastagens Degradadas, que ajuda as pastagens a produzir mais água e a absorver CO2, além de evitar que o boi emita CO2 (arroto do boi) e outros gases que sejam prejudiciais ao ambiente.

A qualidade ambiental precisa estar presente em todas as ações do Ministério da Agricultura. Parte disso é ter assumido o compromisso internacional de tomar providências para manutenção do Efeito Estufa. (Lei 12.187/2009 – Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC).

O Ministério da Agricultura precisa validar internacionalmente as ações já reconhecidas no Brasil, como o PPCDAM – Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia, o Plano Setorial da Agricultura, o Programa ABC do MAPA e seus programas de Recuperação de Pastagens Degradadas, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), Sistema de Plantio Direto (SPD), Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) e Florestas Plantadas.

Precisa, ainda, mudar a imagem do produtor rural, que é visto como criminoso.

O grande desafio do Ministério da Agricultura é promover a mudança do processo produtivo

Nome do Painelista 2: Não compareceu

Intervenções: Perguntas : Não foi feita nenhuma intervenção. As perguntas foram:

  1. Como fazer o conhecimento chegar à grande massa de produtores rurais?

Levar assistência técnica de qualidade ao produtor rural é um desafio. Pequenas ações e programas focados no produtor rural já estão gerando alguns resultados.

  1. De que forma os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente interagem para a implantação de mecanismos de avaliação ambiental estratégica?

Através de propostas de longo prazo e implementação de mecanismos, sustentáveis, que tragam renda ao produtor rural.

  1. De que forma os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente estão trabalhando em questões como a avaliação do ciclo de vida e a logística reversa?

Já havia processo sobre a destinação de embalagens de agrotóxicos nos Ministérios anterior à lei que trata do assunto atualmente.

Resumo da Sessão/Painel: O Ministério da Agricultura vem produzindo ações que objetivam a sustentabilidade e o bem estar animal e ambiental. Seu grande seu desafio é promover a mudança do processo produtivo, pois a preservação ambiental depende da orientação técnica ao produtor rural, que muito resiste à tecnologia. O produtor rural precisa produzir e o alimento deve chegar à mesa do brasileiro de forma segura, barata e sustentável. Para tanto é preciso dar um upgrade no processo produtivo como um todo.

*Luiz Fernando é associado da SBGC e Diretor de Marketing da SBGC PR e atualmente é integrante do Comitê Nacional de Marketing.

CONTRIBUIÇÃO DA GC PARA OS MODELOS DE EXCELÊNCIA DE GESTÃO

CONTRIBUIÇÃO DA GC PARA OS MODELOS DE EXCELÊNCIA DE GESTÃO

03/11/2010 – 14:00 – 15:30 h

MODERADOR:  EDUARDO GUARAGNA

RELATOR:  SONIA ALCÂNTARA

PAINELISTA 1:  LEONARDO BORGES (FRAS-LE)

Empresa de Segurança no controle de movimento, focada em Excelência de Gestão e na sustentabilidade com atuação no Brasil, Estados Unidos e China.

Evolução do processo de excelência de gestão desde 1995 com varias certificações sendo a última delas na  OHSAS 18001. Desde 1999 estão no Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade – PGQP

Existem grandes ganhos na produtividade com a gestão do conhecimento alinhado com a gestão de pessoas, sem isto entende a organização que não crescerão o suficiente para atingir a visão, pela criatividade e pelo conhecimento gerado pela força de trabalho.

A identificação do conhecimento inicia no planejamento  estratégico com entradas dos relatórios do PGQP e FNQ – fundação Nacional da Qualidade gerando aprendizado e inovação que  são avaliados e discutidos nos comitês corporativos por temas, análises das auditorias e das análises críticas do sistema de gestão todos estes “inputs” identificam os conhecimentos gerados e  que  devem ser buscados pela FRAS-LE.

O desenvolvimento do conhecimento através de praticas como CCQ, Kaizen, 5Ss e 8Ss, multiplicadores e desenvolvimento de equipe

Reter e proteger o conhecimento, crescimento profissional (programa), sucessão de gestores e banco de potenciais gerentes, plano de benefícios, PPR (8% receita), programa de desligamento aos 60 anos (Novos Caminhos) que tem acompanhamento semestral e encontros anuais dos aposentados inseridos no mercado de trabalho.

Compartilhamento do conhecimento eventos como café com presidente e recursos humanos onde são discutidos como atingir a visão, avaliação mensal de indicadores e metas, sistema de produção (programa de melhoria do processo produtivo que visa melhoria dos indicadores), workshops de TCC (funcionários geram e aplicam internamento o conhecimento nos seus cursos de graduação e tem um padrinho para subsidiar as informações da organização e são feitas apresentações do TCC à gestão da companhia).

 

 

PAINELISTA 1:  CHRISTIAN GIOVANNONI (SUZANO)

A gestão do conhecimento inserida no modelo de excelência em gestão como processo de aprimoramento do sistema de gestão das empresas focadas em crescimento e sustentabilidade, certificações recebidas FSC, etc… (manejo florestal sustentável), excelência, inovação e sustentabilidade.

O modelo de excelência de gestão adotado pela Suzano é o MEG® – 99 inicia o caminho das certificações. Em 2003 é signatária do pacto global.

As praticas de gestão que movimentam a empresa é que geram aprendizado. O alinhamento da GC com o MEG basicamente o critério 5 – informações e conhecimento – e toda a transversalidade com liderança, pessoas e aprendizado organizacional baseado na melhoria das praticas de gestão.

Desde 2007 vem trabalhando a visão dos intangíveis para modelo da SUZANO capital humano, de relacionamento e estrutural. Este processo pode ser visto no site da companhia WWW. Suzano.com.br.

O conhecimento gerado pela forca de trabalho é utilizado como ferramenta de mensuração dos ativos intangíveis correlacionada numa matriz de alinhamento dos ISE Bovespa.

A identificação dos ativos atingíveis e destes quais são alavancadores da empresa (competências essenciais) alinhamento com os diferenciais competitivos e fatores diferenciais e a inserção de pratica da gestão para suportar os ativos intangíveis.

 

INTERVENÇÕES E PERGUNTAS

Quais práticas a FRAS-LE possui para estimular os colaboradores a trabalharem dos grupos de forma voluntaria?

Como a FRAS-LE realiza a conexão das iniciativas apresentadas em cada uma das etappas de GC de forma a criar significado para o negocio? Como vocês utilizam a Web 2.0 para alavancar este processo?

Qual o estagio atual da Suzano integrado as 4 fases da GC com a definição das competências essenciais e dos fatores diferenciais?

Como são avaliadas as praticas de GC da FRAS-LE e com qual prioridade?

 

RESUMO DA SESSÃO

Funções e práticas de GC inter-relacionadas com os critérios da FNQ, com o estabelecimento de programas e processos focados no referencial estratégico das organizações, tudo aliado também com indicadores do modelo de gestão e indicadores de sustentabilidade (ex: ISE Bovespa).

Modelo de GC x MEG + ISE

Por Sonia Alcântara – Diretora Regional SBGC PR

Proposta de Modelo de GC com Foco na Qualidade

Data: 05 de novembro (sexta-feira)

Nome do Palestrante: Fábio Baptista

Resumo:

Nesta palestra, Fábio Baptista, professor e pesquisados do IPEA, teve por objetivo apresentar sua tese de doutorado sob o título “Proposta de Modelo de GC com Foco na Qualidade”. Iniciou sua explanação apresentado o processo de criação da sua tese, explicando a motivação do desenvolvimento deste tema, o qual resultou em uma proposta de um modelo de avaliação da Gestão do Conhecimento embasado na Qualidade.

Como sua carreira profissional está relacionada à pesquisa na área da gestão da qualidade, também se interessou por pesquisar os temas relacionados a Gestão do Conhecimento. Além da pesquisa, publicou diversos trabalhos científicos sobre o tema, entre os quais, uma avaliação do grau de maturidade da GC nas instituições públicas, compreendendo a área de saúde e instituições federais de ensino.

Sendo a proposta de sua tese estudar a relação entre a Gestão da Qualidade e a Gestão do Conhecimento, pesquisou na literatura os modelos da qualidade e da GC existentes, com o objetivo de fazer uma correlação entre as Práticas de GC e os Resultados Organizacionais.

Para desenvolver o modelo proposto foi feita uma releitura dos Critérios de Excelência da Qualidade, onde para cada critério do PNQ foram associadas Práticas de GC, verificando a correlação entre as variáveis. Também, foi trabalhada a idéia do ciclo KDCA, baseado no PDCA, focando a idéia de melhoria contínua nos processos de GC.

A contribuição do trabalho está na possibilidade de identificar a correlação existente entre a adoção de práticas de GC e o desempenho organizacional, podendo ser visto como uma ferramenta para avaliar a participação dos ativos intangíveis no resultado organizacional.

por Marinês Danielsson

Gestão do Conhecimento e inovação para a sustentabilidade

Nome do Moderador: Fernando Goldman (SBGC-RJ)

Nome do Painelista 1: Cristiano Rocha ( AFFERO)-Estratégias para Retenção e Transferência de Conhecimento nas Organizações

Resumo: Políticas e Processo de Gestão de Pessoas; Aplicações de Ti para Gestão do Conhecimento; Programas de Recuperação de Conhecimento (Aproveitamento de aposentados, out-sourcing, gerar conhecimento perdido gravação de histórias); Praticas de Gestão e Transferência do Conhecimento; Processo Estratégico de Retenção e Transferência do Conhecimento (1- Objetivos, Ameaças e Alinhamento Estratégico; 2-Arquitetura da Gestão do Capital Humano; 3-Criação de Mapas de Conhecimento (Tácito e Explícito);3-Escolha de práticas de Compartilhamento e Transferência de Conhecimento (Entrevistas, Rodízios,Lições Aprendidas, Comunidades de Práticas; Colheita de Conhecimento: blog, wiks, mentoring; 4-Critérios para a escolha de Ações de Retenção  e Transferência do Conhecimento; 5- Estratégias de Transferência de Conhecimento; 6-Abordagens de Retenção mais usadas ; 7- Monitoramento e Avaliação de Resultados)

Nome do Painelista 2: Kaiser Vidal (Correios) – Estudo de Caso:  Impactos no Conhecimento Organizacional ocasionados por Programa de Desligamento Voluntário-PDV- Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos-Correios.

Resumo: Vídeo institucional da Universidade Corporativa dos Correios e narrativa do processo de pesquisa e resultados alcançados para a verificação da perda de conhecimento nos Programas de PDV dos Correios, através de narrativas de histórias junto aos gestores dos ex-empregados que aderiram ao PDV.Resultado da pesquisa: 61,54% dos gestores concordam que houve perda de conhecimento organizacional e 90,9% concordam com o uso de narrativas de historias como recursos para retenção do conhecimento nas organizações.

Intervenções: Perguntas: Porque as empresas que tratam o conhecimento como fator de produção, não fazem planos para reter o conhecimento? Nas pesquisas foi identificado qual o percentual de motivações (se econômicas ou sociais-envelhecimento) que levam as empresas a utilizar o PDV? Foi identificada na pesquisa a origem dos demitidos?Em que área foi mais concentrada a perda de conhecimentos?Como foi a narrativa de estórias, se havia um modelo, pois nem todos sabem contar histórias.

Observação do relator: Os temas apresentados pelos painelistas, não estavam alinhados integralmente com o tema maior: Gestão do Conhecimento e Inovação para a sustentabilidade

Por Kátia Esteves

Inovação Aberta e Gestão do Conhecimento

Título do Painel: Inovação Aberta e GC

Data:  03/11/2010

Horário: 17h30 às 19 h

Nome do Moderador: Bruno Rondani (Allagi)

Nome do Painelista 1: Jairo Avritchir (Dell)

Resumo:

O painelista Jairo Avritchir atualmente é Diretor do Centro de Desenvolvimento de Software da Dell (IT Brasil). Executivo de grande sucesso, já atuou como Vice-Presidente/CIO responsável pela área de Tecnologia das filiais do banco JP Morgan na América Latina: México, Argentina, Chile, Brasil, Peru e Venezuela; e como CIO da Dell Computadores do Brasil e Argentina, quando participou da montagem das operações da Dell no Brasil e na Argentina. Formado em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da USP com Pós-graduação em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.

Tem um time de profissionais baseados em oito países.

Iniciou sua palestra contando estórias associando-as ao ambiente corporativo:

  1. Lançou a seguinte pergunta: Quanto pesa este boi? Demonstrou uma análise estatística (média do peso real), e conclui afirmando que “resolver problemas com muitos é melhor que com poucos”;
  2. 2. Chapim-azul/Tordo Americano: Ambos são espécies de pássaros. Destaca que inventaram uma chapinha para os pássaros tomarem leite. Os dois cantam. Afirmou que não era falta de comunicação. A diferença é que o Tordo não deixa outros conviverem. Conclusão: “Passarinho em bando aprendem muito mais rapidamente”.

No momento seguinte, destacou alguns números interessantes:

  • Evolução da Internet:

Na Web 1.0 – se conectava documentos

Na Web 2.0 – se conecta pessoas

A previsão é que até 2014 serão 40 milhões de acessos.

 

 

A participação nos sites de social média (software de gerenciamento em tempo real, de tudo o que está sendo dito e compartilhado com sua marca nas mídias sociais) já atingiu massa crítica. Vejamos alguns números:

– 57,5% estão localizados nos Estados Unidos…

– O 2º site de busca é o YouTube.

No Brasil a Social Media endereça necessidade humana fundamental:

– Necessidade de “pertencer” e “interagir”

A Social Media descreve um largo espectro de ferramentas e atividades.

Linha do tempo da evolução da Social Media na Dell.

IdeaStorm – A Dell disponibiliza, monitora e capta as melhores ideias. Há votação e os melhores vão subindo para o topo do ambiente.

 

Nome do Painelista 2: Bárbara Ferraz (Vale)

A painelista Bárbara Ferraz é pedagoga. Tem experiência de oito anos em Educação Corporativa, foco em gestão de programas de EAD. Participou do projeto de implementação da Universidade Corporativa. Hoje coordena o processo de Tecnologia Educacional na Valer – Departamento de Educação e Talentos da Vale.

Resumo:

Iniciou sua apresentação destacando os seguintes tópicos:

  • Perfil da Vale:

A Vale tem presença global, atuando em 23 países nos 5 continentes com operações, pesquisa            mineral e escritórios comerciais.

É a mineradora pioneira que trabalha com paixão, transformando recursos minerais em ingredientes essenciais no dia a dia das pessoas.

É a segunda maior mineradora diversificada do mundo em valor de mercado.

Possui cerca de 100 mil empregados, entre próprios e terceirizados. Só no Brasil são 44 mil.

Tem projetos de geração de energia voltados para o autoconsumo.

Destacou a Missão, Visão e Valores Vale

Estratégias de RH: Desenvolvimento, Retenção e Atração.

– Destacou as soluções educacionais utilizados pela Valer – Educação Vale, instituição responsável          pelo desenvolvimento contínuo dos empregados e pelo fomento de mão-de-obra para a cadeia produtiva da empresa, tendo a Gestão do Conhecimento o elemento condutor dos processos.

Mostrou o processo de mediação pedagógica (início, desenvolvimento, encerramento, continuidade).

 

 

  • Entendimento de Inovação

– Horizontes de inovação: Focos Estratégicos

  • A Cadeia Produtiva

– A cadeia de mineração:

Destacou as ações inovadoras encetadas pela Vale.

Como a Vale supera os desafios e contribui decisivamente para o desenvolvimento nacional?

Dispõe do Programa INOVA desenvolvendo e quantificando pequenos e médios fornecedores em todo o país.

Aposta no talento dos seus colaboradores para responder as demandas de todos os elos da cadeia de mineração.

Trabalha muito na hierarquia do estratégico para o operacional.

Projetou filme com pronunciamento do seu presidente.

Destacou os impactos social e ambiental

Da colaboração à inovação de forma sustentável.

  • Rede de Inovação
  • Histórico da iniciativa

– Demanda

– Conceito do Vale Interact

– Entregas

– Mapeamento de provedores de conhecimento

– Fontes e consumidores de informações

– Evolução do Snow Ball (comparativo)

– Provedores de Conhecimento Mapeados

– Pessoas conectadas.

  • Funil em Ação

– Agentes internos/externos

– Áreas de Negócio

– Soluções de Negócio

  • Descrição do PCC da Rede de Inovação
  • Interface do ambiente

Intervenções: Perguntas:

O moderador do painel Sr. Bruno Rondani da Allagi, fez comentários alusivos as apresentações dos painelistas, parabenizando-os por ter compartilhado com todos o que a Dell e Vale têm de melhor em inovação aberta e GC.

Devido o atraso de início do Painel por de mais de 30 minutos do horário previsto na programação (17h30), não houveram perguntas do público presente.

Resumo da Sessão/Painel

Ambas as apresentações foram feitas pelos painelistas de maneira clara, objetiva e recheadas de informações relevantes quanto ao estado d´arte na aplicação adequada da inovação aberta e GC em suas Organizações.

O painel foi bem conduzido pelo moderador Bruno Rondani que concedeu a cada painelista 20 minutos para sua apresentação, visando conciliar o atraso verificado no início tendo as mesmas se encerrado exatamente às 19h.

Por Fernando Gualberto (Colaborador da SBGC Nacional e ex-assessor de Desenvolvimento Organizacional da SBGC Nacional)

 

GC PARA A ENGENHARIA SUSTENTÁVEL

Data: 03/11/2010

Sala: nº 3

Horário 17,30 a 19,00

Nome do Moderador: Mario Barra

Nome do painelista 1: Eduardo Freire

Resumo: A sustentabilidade e a inovação caminham juntas. Na Irani Celulose S.A. a engenharia, dentro da estratégia da empresa, organizou o inventário das emissões de efeito estufa e as ações corretivas. Entre os projetos , promoveu a substituição de 6 caldeiras por uma unidade energética customizada, que utiliza biomassa.  Com essa medida foram removidas mais de 600 toneladas de Co2e. Além disso, foi feito o tratamento de resíduos. As medidas proporcionaram benefícios sociais, ambientais, reduziram custos e permitiram ganhos financeiros de R$ 8,7 milhões com a venda de créditos carbono.

 

Nome do Painelista 2: Paulo Valente.

Resumo: A pesquisa, a proposta e a persistência são a raiz da geração de novos conhecimentos e da inovação. A FRAS-LE tem a análise de todo o processo, desde o conhecimento exato de cada matéria-prima, do processo, do desempenho de cada produto e dos resíduos que gera. A partir disso, organizou um banco de dados com todas as experiências realizadas, sejam erradas ou certas. Esse banco, aliado aos conhecimentos citados, permite a geração de valor agregado ao cliente. Além de ser uma forma de geração de conhecimentos, permite ações de sustentabilidade. Conhecendo o ciclo de vida dos produtos e os resíduos resultantes, criou utilidade, e hoje recolhe a quase totalidade dos resíduos que são utilizados em fins industriais

 

Intervenções e perguntas: Como foi feita a substituição das caldeiras pela unidade energética? Qual era o destino dado à biomassa anteriormente? Como é feita a venda de crédito carbono?

 

Resumo do Painel: A sustentabilidade é fruto de geração de novos conhecimentos, da mudança da cultura organizacional e de inovações, que melhoram os processos e produtos. As ações da engenharia sustentável, além dos benefícios sociais e ambientais, trazem retorno financeiro, sejam na redução de custos no longo prazo, seja pela agregação de receita, pela venda de crédito carbono, nas empresas que atingiram maturidade e têm certificação.

 

Antonio Furlanetto

 

Relato #kmbr10 Mídias Sociais e Gestão do Conhecimento

Painelista 1: Karina Israel

Painelista 2: Gil Giardelli

Moderador: Ricardo Saldanha


A painelista Karina Israel, é a Diretora Executiva da YDreams no Brasil (empresa multinacional, com sede em Portugual) que se dedica a desenvolver projetos de comunicação a partir de Realidade Aumentada.

No início da palestra o tema abordado foi Inteligência Ambiental. Segundo Karina “atualmente o mundo virtual está se fundindo ao mundo real”, e por isso as ações de comunicação não podem mais atuar de forma invasiva no ambiente. O tema abordado vem justamente elucidar formas de comunicação virtual integradas ao ambiente “natural” (o qual também podemos chamar de convencional), a proposta é que as pessoas recebam as informações sem a necessidade de se relacionar com o layout de um computador convencional.

A partir da implantação desta nova concepção de comunicação a parede de sua residência, o aparelho de ar-condicionado, as colunas, as almofadas, entre inúmeras outras opções passam a se relacionar com as pessoas.

Essa possibilidade não está tão distante da realidade atual, ao contrário, já está presente em vários projetos, a painelista, citou a cidade Santander que se localiza na Espanha.

Como pontos fundamentais para implantação de um projeto de inteligência ambiental temos:

– A informação deve estar integrada no ambiente, (não pode ter uma tela de LCD, um equipamento próprio para estabelecer a comunicação);

– Todas as ações devem estar inseridas no ambiente e respeitando o contexto. Onde começa o virtual e termina o real não deve ser percebido (principalmente de forma nítida).

– A atuação do agente humano no mundo real deve ser percebida no mundo virtual. Deve existir uma interação, não pode ser a exibição de um simples filme, mas o ambiente virtual deve responder de forma “natural” as ações desenvolvidas no mundo real.

Por tudo isso Karina assegura que está começando a “era pós desktop”, é muito possível que as pessoas utilizem ainda um mediador para se relacionar com o mundo virtual (celular, tablete, ou outro artefato) qual deles, segundo ela, ainda não é possível determinar. Esse novo mundo vai reunir toda a potencialidade das redes sociais, das interações, através de um único artefato.

É importante destacar que a física do mundo real deve ser respeitada e até mesmo estar integrada ao mundo virtual, só é possível estabelecer uma relação natural se esta prerrogativa for respeitada.

Outro exemplo demonstrado pela painelista (que já foi implementado) é uma prateleira que percebe a chegada do consumidor, toca a música da campanha publicitária, e quando o consumidor retira o produto da prateleira o música é substituída por uma salva de palmas.

Uma outra possibilidade é que ao chegar em um novo ambiente seja possível ligar para um determinado número a partir do seu celular, e este mesmo celular para a ser o controle remoto do ambiente.

Karina ainda utilizou parte de sua palestra para falar sobre Realidade Aumenta. Segundo ela um tema que ainda está na moda.

Realidade Aumentada, segundo Karina, é a “habilidade de sobrepor imagens virtuais sobre vídeos captados em tempo real de uma forma coerente.”. É “poder ver mais do que eu vejo”. É sobrepor uma realidade virtual sobre a realidade real (exemplo: colocar um óculos e ver os canos que estão dentro da parede).

É importante destacar que como a Inteligência Ambiental a Realidade Aumentada deve ter a integração com o ambiente.

Como exemplo, através da Realidade Aumentada, seria possível ir no dia de hoje no Rio de Janeiro e com um aparelho celular visualizar como ele ficará com as obras de 2016. Em uma empresa, por exemplo, poderíamos ter óculos que informem sobre a localização dos objetos objeto.

Em um futuro muito próximo a realidade física deixará de existir, você não terá consciência do que é real e do que é virtual. O virtual invade o real.

“Não se trata de tecnologia mais de um novo estilo de vida.”

Para mais informações o interessado pose acessar o site da empresa onde Karina trabalha (www.ydreams.com).

Nome do Painelista 2:  Gil Giardelli

Resumo:

O segundo painelista foi o Prof. Gil Giardelli. Ele é Co-fundador da Gaia Creative, é especialista no mundo virtual, com mais de 12 anos de experiência. Na área acadêmica é professor de empreendedorismo na era digital da ESPM – Escola Superior de propaganda e Marketing. Palestrante em mais de 450 eventos como RioInfo, Fórum de Inovação RJ, WebExpoForum e KM Brasil 2009. Desenvolve projetos para grandes empresas como Vivo, Natura, Motorola, Cielo, Banco Real entre outras.

Gil escolheu para tema de sua palestra a Humanidade 5.0. Para ele em breve “tudo vai ser rede social”, e esta possibilidade de interação pelas redes sociais que integra o ser humano em sua nova dimensão social. As redes sociais construirão a “ciência da reputação”. Será conhecido e reconhecido aquele que estiver inserido em pelo menos uma delas.

É dentro deste novo contexto social, de super valorização das redes, que ocorrerá mudanças significativas na forma com que a sociedade se relaciona com o indivíduo. Segundo Gil, será a valorização da diversidade, do individual, ou do pequeno grupo, que poderão construir o seu espaço. Se maximizará a “arte da descentralização”, como exemplo, temos a produção de conteúdos jornalísticos, antes cartel de poucos conglomerados espelhados pelo mundo e hoje potencialidade de todo cidadão conectado na grande rede. Esta realidade já é tão clara que ao invés de lutar contra a tendência um jornal britânico recomendou “roubem nossas idéias e divulguem por aí”.

Segundo Gil as empresas devem estar conscientes que não existe mais consumidores, existem pessoas, e se os consumidores podiam ser agrupados por características semelhantes, as pessoas desejam ser atendidas em sua individualidade.

As possibilidades de interação com este novo contexto podem ocorrer por formas variadas, os indivíduos, respeitando suas preferências, podem se conectar ao compartilhar vídeos, áudios, fotos ou textos. O importante é compartilhar.

Este novo habitante do planeta Terra era um “semi-nômade”, cada vez mais você estará em lugares diferentes em curto espaço de tempo (de forma virtual ou real).

Segundo o painelista “o maior negocio do mundo hoje é o Open Source.” Cada vez mais os direitos sobre o capital intelectual são mais difíceis de serem assegurados, ao invés de lutar contra a tendência (como tentou a indústria fonográfica) as pessoas e as empresas devem perceber que vão obter sucesso no nova economia aqueles mais colaborativos.

Este novo tempo é pertencente “a sabedoria das multidões”. Não é mais possível esconder um grande tema, ou implantar de forma isolada uma nova temática para discussão pela sociedade, as redes estabelecem esses fluxos .

Estamos também na era da criatividade coletiva. Os problemas se tornaram extremamente complexos e necessitam de inúmeros saberes para serem respondidos. No passado um único cientista era o inventor de vários avanços, atualmente, o projeto Genoma por exemplo, é uma criação global.

Neste novo cenário de valorização ambiental e digital, Gil destaca que o Brasil se apresenta como detentor de 11% da água doce do planeta, 22% das espécies animais, mais de 70 milhões de internautas, o Orkut já é o maior estado brasileiro, é o 2º país em audiência do Youtube, o 4º país que mais lê blog, é líder no Twitter, e apesar de possuir o custo mais elevado de conexão do planeta, é um dos países líderes em conexão. Ele ainda lembra que isso ocorre em um país em que 75% das casas não possui saneamento básico.

As redes permitem inúmeras utilizações e cada vez mais as pessoas querem se divertir em rede. As pessoas terão identidades virtuais/digitais.

Neste novo contexto social “você é o que você compartilha”.

Ao fim da palestra Gil Giardelli menciona com veemência que as empresas não podem barrar o acesso de seus funcionários as redes sociais no ambiente de trabalho, para ele, isso é como barrar, o telefone, o fax, ou o e-mail no passado recente. Ao contrário as empresas devem criar redes sociais corporativas, elas podem ajudar no desenvolvimento de ações para a criatividade e para a Gestão do Conhecimento, aspectos fundamentais para a perenidade das corporações na nova realidade.

Por fim Gil destaca que as redes sociais tem alto poder de influenciar a nova sociedade, e isso pode ocorrer para fins louváveis ou para atos condenáveis, transformar as redes sociais em um espaço de desenvolvimento e crescimento das pessoas é responsabilidade de todos, segundo o painelista “ se você não é parte da solução, você é parte do problema.”.

Por Thiago Meneghel

Inteligência Competitiva

PAINEL – INTELIGENCIA COMPETITIVA

04/11/2010 – 14hrs

Moderadora: Elisabeth Gomes – Plugar

Cristiane Daniel – AGCO

Mayra Moreira – Mundivisas

Renata Vieira – PUC/RS

A Inteligência Competitiva se insere no contexto da Gestão da Estratégia, monitorando ambientes, identificando as melhores práticas existentes e contribuindo para o sucesso da Gestão Empresarial. Mas de qual Gestão Empresarial estamos falando atualmente?

Uma Gestão que entende, que nos dias de hoje a competitividade requerida para as empresas não se baseia somente numa perspectiva econômica. Hoje é entendido que o acirramento da competição em escala mundial ocasionou diversos problemas ambientais e sociais.

Consumidores e clientes, cada vez mais investidos de cidadania, incorporam um aumento da consciência ambiental e da melhoria da qualidade de vida como requisitos para a competitividade empresarial.

Portanto o grande desafio do século XXI é promover o desenvolvimento sustentável, fazendo com que a Sustentabilidade seja parte da estratégia das organizações.

A idéia da sustentabilidade, como estratégia de aquisição de vantagem competitiva, por parte das empresas, é refletida, de uma forma expressamente declarada, na elaboração do que as empresas classificam como “Relatório de Sustentabilidade”.

Se, todos concordamos que, o objetivo da inteligência competitiva é ampliar as condições de competitividade de uma empresa, reorientando seu modelo de negócios, suas metas, planejamentos, etc., as conclusões obtidas através deste processo permitem à empresa saber se ela de fato continua competitiva e se existe sustentabilidade para o seu modelo de negócios.

Sendo assim, numa era de competitividade baseada em conhecimento e inovação, a inteligência competitiva permite que as empresas possam efetivamente exercer a proatividade, ao invés de esperar para reagir aos fatos, o que acontece com frequência no mundo dos negócios.

As melhores empresas do mundo se dedicam a aplicar a inteligência competitiva para ampliar sua competitividade e a sustentabilidade de seu modelo de negócios.

Elisabeth Gomes abriu os trabalhos do Painel apresentando-se, enquanto a platéia acomodava-se em seus lugares. Falou sobre os futuros eventos de comemoração aos 10 anos da SBGC, que ocorrerão em 2011. Em seguida, apresentou um vídeo introdutório ao assunto, feito para a Conferência Ambiental da ONU em Copenhague, em Dezembro do ano passado. O vídeo trazia uma versão da música “Beds are Burning”, da banda Midnight Oil, interpretada por vários artistas.

Após o vídeo, foi destacado que o grande desafio das empresas atualmente é adaptar os seus negócios ao desejo de sustentabilidade exigido pela sociedade. Elisabeth disse que a IC permite que a empresa saiba se ela é, de fato, competitiva, levando em conta estes fatores. Em seguida, fora apresentadas as painelistas, e Cristiane tomou a palavra.

AGCO

Inicialmente, Cristiane falou sobre a empresa AGCO, que tem foco na mecanização de produtos voltados ao mercado agrícola. Em 2007 surgiu o projeto Radar, implementando um processo de IC na empresa, tendo como base de apoio a criação do Portal AGCO Radar.

MUNDIVISAS

Mayra apresentou a empresa, situando-a no setor de serviços, com atuação no mercado de legalização de estrangeiros. O recente aumento da concorrência no setor em que atua fez com que a empresa percebesse a necessidade de estruturar-se de uma melhor maneira. Entre as medidas tomadas está a implementação de processo de IC na empresa.

PUCRS

Renata falou sobre o uso da Inteligência Artificial (ou Computacional), com tecnologias inspiradas na inteligência humana, nos processos que envolvem as necessidades das empresas (planejamento, IC…) com foco na análise de informações. Sempre que possível, o assunto foi abordado tendo como pano de fundo a Sustentabilidade. O apoio tecnológico é necessário para filtrar o número cada vez maior de informações disponíveis. O trabalho possui três bases: -Busca –Análise –Disseminação das informações.

PERGUNTAS

IVAN – UFRGS

A Análise dos problemas ou situações depois que ocorrem já pode ser tarde demais. Como é feito o tratamento dos pequenos sinais, os sinais fracos? É feito um feedback após o ocorrido?

Cristiane disse que o objetivo é trabalhar com esta antecipação, e a empresa busca informações primárias, direto do campo. Separação dos rumores e informações úteis é feita através de reuniões e fóruns de discussões com analistas e especialistas, antes de passar alguma informação aos tomadores de decisões.

Mayra e a Mundivisas ainda tem um passado recente dentro da IC, e a empresa trabalha, por enquanto, com “lições aprendidas”. Renata diz que a tecnologia ajuda a observar todo o processo, tendo um modelo ou criando um modelo de análise. Beth Gomes ressaltou, para isso, o uso de conhecimento e aprendizado humano.

GISELE – ECT

Como é o processo de reuniões dentro da Mundivisas, e como funciona o nível de acesso dos colaboradores ao Portal Radar da AGCO? Mayra explicou que as reuniões são semanais, onde participam líderes, mas principalmente supervisores, e até mesmo colaboradores que estejam interessados ou tragam assuntos relevantes. Na AGCO, o Radar é um sistema multiperfil, onde o acesso possui diferenciações com relação às liberdades e aos dados apresentados, dependendo da Marca em que cada colaborador trabalha.

 

IVAN

O sinal fraco pode ser a peça que falta no quebra-cabeça. Como ele é analisado? Cristiane diz que os sinais percebidos estão relacionados com a relevância do assunto e com o impacto para a empresa. Segundo Elisabeth, isso passa por um processo de educação de quem classifica e utiliza a informação.

LARA – MP de Goiás

Como é feita a escolha da metodologia de análise? Cristiane explica que isso ocorreu na AGCO ainda na diagnose e planejamento, onde fora decididas quais informações eram prioridade. Também foi levado em conta o escopo de atuação da empresa. Mayra explica que para a Mundivisas a principal fonte é a primária, através de colaboradores alocados em empresas clientes. O método é a criação e análise de hipóteses e cenários. Beth reitera a educação das pessoas como parte essencial em processos como estes.

FÁTIMA – UFRJ

Ao monitorar pontos fracos, de quanto em quanto tempo os modelos são revistos para minimizar possíveis problemas futuros? E como incorporar a sensibilidade (humana) ao processo de análise? Cristiane falou que a AGCO faz revisões anuais dos últimos 5 anos, além de rever trimestralmente e planejar os meses restantes do ano. Sobre tecnologia, também são discutidos cenários futuros tendo como objetivo descobrir ou antecipar o uso dos produtos da empresa (ou de novos produtos) dentro de alguns anos. Mayra disse que a aprendizagem na Mundivisas é diária, pois o processo ainda está sendo desenvolvido dentro da empresa. Através de discussões são identificados comportamentos que servem de sinais base, que depois são institucionalizados e passados aos colaboradores da empresa. É um processo de aprendizado mútuo, e o maior desafio é explicitar as impressões coletadas de uma maneira objetiva. Renata fala sobre como a tecnologia já serve para separar informações que podem ser positivas ou negativas, ou seja, já consegue, ainda que inicialmente, ter uma certa sensibilidade para observar algumas tendências. Um dos problemas enfrentados pela Inteligência Artificial é o uso do vocabulário nas fontes de informação. Vocabulários formais e informais e suas diversas associações, que devem estar alinhadas com o objetivo final da pesquisa. São diversos modelos de conhecimento que devem ser levados em conta.

Ao final, Elisabeth Gomes encerra perguntando à platéia quem possui processos de IC em sua empresa. E termina respondendo que, de uma maneira ou de outra, todas as empresas possuem. Algumas mais estruturadamente, outras menos.